2011/11/20

Currículo e Processo de Integração

Currículo é um parâmetro institucionalizado que evidencia o imaginário coletivo de uma sociedade no que concerne a educação formal; mas nele estão inseridos além dos interesses socioculturais, interesses políticos de um contexto épico ,muitas vezes em contraste com os interesses individuais e/ou humanos. A questão da valorização cultural regional por exemplo costuma ser esquecida durante a elaboração do currículo oficial, contudo o currículo oculto sempre foi e continua sendo muito mais aplicado nas escolas que o formal e por ele passam os valores e anseios dos profissionais que atuam em sala de aula , e muitas vezes os resultados superam as expectativas dos que planejam sua aulas pois a educação é interativa e por mais que se tente limitá-la  se faz pela reciprocidade entre as partes. Certamente ao aplicar o projeto que idealizamos no início do curso “Proinfo Integrado” nos deparamos com situações não esperadas, desde as relacionadas aos recursos até às relacionadas aos interesses dos alunos, mas como bons educadores que buscamos ser, devemos como bem definiu MORIN (2000) “prever o imprevisto”.

Atividade 4.1 eproinfo


A formação docente tem papel fundamental na qualidade da educação ,aliada ao amor pelo que se faz e consequentemente o desejo de contribuir para uma sociedade mais justa, onde valores sejam resgatados e a cultura popular seja respeitada .Por isso a necessidade de se desenvolver no educando a autonomia, a criticidade e consciência cidadã; em suma a “Educação Como Prática da Liberdade” proposta por Paulo Freire. Os link's a seguir retratam algumas falhas nossas ,enquanto educadores, e apontam possibilidades de acertos .Que façamos uso das novas tecnologias racionalmente em prol da educação e não da massificação!




2011/11/06

port fólio PROINFO

                PROINFO INTEGRADO ...UMA PROPOSTA INCLUSIVA

Durante os últimos oito meses os cursistas do PROINFO INTEGRADO em Santa Maria têm navegado por um universo interativo e altamente instrutivo o Universo digital e /ou virtual, que muito além da expectativa inicial tem proporcionado aos docentes aprendizes uma verdadeira aventura intelectiva .Passeando entre as linhas dos  módulos, o teclado do computador e o mundo virtual dos Softwares, tem-se redescoberto a comunicação e mais especificamente se repensado o fazer pedagógico.
Essa saga educativa foi iniciada com a exploração do Hardware e a familiarização dos cursistas com o Ambiente colaborativo de aprendizagem e sua proposta metodológica, durante essa etapa fez-se fundamental o papel do orientador e da tutoria, que também têm sido solícitos durante todo o processo através do suporte e do “tira dúvidas”.
Um dos momentos mais motivadores do curso ocorreu quando os cursistas foram convidados a elaborar o “Meu projeto pessoal/profissional” onde estão expostos os perfis dos docentes; nota-se de forma generalizada que os desafios tecnológicos do mundo globalizado instigam e trazem perspectivas que só reforçam a ideologia da inclusão social e reafirmam a convicção profissional dos que defendem uma educação plural e democrática.
Diante da necessidade de fundamentação teórica decolou-se para um “Diálogo Teórico” onde foi feito um resgate histórico, revisitando grandes educadores como Piaget, Pestalozzi, Freire e outros , analisando as diversas vertentes educacionais e suas influências para o ideário de educação; nessa fase pesquisou-se o conceito de projeto e ratificou-se seu caráter Construcionista por além de transmitir informações possibilitar a construção do conhecimento, destacando o educando enquanto sujeito histórico social que antes de tudo é um ser político e destacando a necessidade de interligar comunidade local e global valorizando os múltiplos saberes; reconhece-se então a importância das TIC's como ferramentas essenciais à inclusão social.
Ainda explorando a Pedagogia de Projetos navegou-se na “rede” e enriqueceu-se a pesquisa através da contribuição de Almeida em “Como Se Trabalha Com Projetos” , entendeu-se que essa é uma prática que deve ser cultivada como uma nova cultura de aprendizagem já que todo projeto é interdisciplinar tendo papel difusor e potencializando a integração entre os conteúdos; constatou-se então que urge a desconstrução da dicotomia entre os saberes contextualizando-os e promovendo a aprendizagem significativa. Vale frisar a função do professor enquanto mediador no processo de aprendizagem e a constatação de que a quantidade de professores que trabalham com projetos é cada vez maior , o que evidenciou-se nos relatos durante a atividade socializada “Minha Prática Com Projetos”.Deu-se em seguida a elaboração de propostas de projetos a serem implantados em sala de aula , o que revela pedagogos altamente envolvidos (ainda que algumas vezes de forma desapercebida) com a Pedagogia Progressista e o anseio da consciência libertadora.
Fazendo jus ao curso , a práxis pedagógica se faz presente no “fórum”, no “diário de bordo” e durante os encontros presenciais .
Outro fator importante para baseamento dos estudos foi a análise reflexiva em torno do currículo e suas características chegando-se à inevitável pergunta “Você Educador Está Pronto Para a Cultura Digital?”, contando com a contribuição eficaz de Léa Fagundes e a constatação de que esse é um dos novos desafios dos educadores e de que a formação inicial dos professores deve ser repensada , bem como precisa-se garantir uma formação continuada eficiente que dê suporte a esses .O PITEC foi bem destacado partindo da primícia de que só a partir da formação integral do educando , o que implica em superar as fronteiras digitais, é possível alcançar a educação plena.
Ainda em se tratando da fundamentação teórica viajou-se por ideias e experiências de sucesso como a afirmativa de que Tecnologias trazem o mundo para escola , a de que “a informatização do conhecimento tornou muito mais acessíveis todos os saberes” (POZO , 2001), e a de que “o futuro das escolas será pautado por uma palavra : conectividade” (ALMEIDA, 2011) em confronto com a “escola formol” definida por Tião Rocha. Esse voo aterrizou num campo delicado “Quem Sou Eu Como Professor Aprendiz?” desbravado por Nóvoa , fez ouvir o canto das “...sereias do ensino” traduzido por Blikstein e Zuffo, e levou às competências do professor definidas por Perrenoud , revelando as asas dos cursistas que relataram suas experiências com primor.
Sem perder as ondas virtuais seguiu-se em busca de norte para criação de redes de conhecimento proposta por Almeida (idem) e para a construção da escola menos lecionadora proposta por Ladislau. Provocou-se então um retorno à vida real onde cada escola foi retratada a partir de pesquisa “in locu” por meio de questionário semi fechado que reafirmou um cenário de mudanças , inquietações , dúvidas e às vezes inoperância. “Como contextualizar as mudanças sociais e tecnológicas superando o descompasso entre a cultura cotidiana do aprendiz e a vivencial da escola?” “ Eu professor tenho desenvolvido a Dialogicidade com meus alunos?”, Em busca de respostas desbravou-se os “Desafios da Linguagem no Séc. XXI” segundo DEMO .
Por tratar-se de uma proposta interativa os cursistas prosseguem nessa viagem, entre pousos e decolagens na busca de novas possibilidades através das TIC's.