“ Instrução é a transmissão do conhecimento,
Educação é a solidarização do conhecimento!” (BUARQUE 2000)
Como todo educador que acredita na importância social de seu trabalho , sempre fiz da “práxis pedagógica'” uma realidade em minha atuação ; muito além da análise reflexiva individual , a análise de conjuntura fez-se inevitável ao longo de minha jornada e o real papel da escola na sociedade sempre foi uma preocupação diante das mudanças sociais , dos modismos pedagógicos e das incertezas politicas. A constatação inevitável é , tão bem resumida por FREIRE (1996), que “a escola é uma esponja da sociedade”; mas paradoxalmente é essa mesma, a “escola formol”(ROCHA-2007) que não consegue desvincular-se do conservadorismo e/ou conteudismo institucionalizado.
Houve certamente, nas últimas décadas , a tentativa dos educadores de romper paradigmas instaurados e superar os limites do “ muro escolar”, não aceitando a mera função de reprodutores do conhecimento e fazendo do espaço escolar um espaço de construção do conhecimento, mas indubitavelmente ainda estamos “engatinhando” nesse processo. Felizmente há avanços no que diz respeito ao acesso aos recursos tecnológicos e consequentemente à democratização da informação, mas no que concerne à educação há muito a ser repensado. Vale ressaltar a necessidade de desenvolver competências cognitivas em todos nós ,enquanto sujeitos do conhecimento, que envolvem pesquisa abrangente , análise comparativa e assimilação crítica.
Aprender a aprender é um desafio que sempre me instigou e creio que sempre contribuiu para cumprir eficazmente meu papel mediador em sala de aula.
Diante das dificuldades inerentes ao sistema educacional , fui adequando-me às circunstâncias , sem perder o objetivo de encontrar novas possibilidades; assim fiz uso dos recursos disponíveis e da criatividade para manter minha motivação, pois só um professor motivado é capaz de motivar seus alunos. Por outro lado sempre investi em minha formação, se não haviam recursos financeiros pra matrícula nas “academias”, haviam os livros “que cabiam em meu bolso”,os bons filmes ,as palestras etc.; se não haviam recursos digitais na escola , havia o vídeo cassete , o som, a TV etc.
Considero que as TIC's são essenciais para o bom desempenho profissional de um educador ,mas fazer uso dessas adequadamente é fundamental. Essas muitas formas de letramento comprovam que o ser humano é um ser versátil e exigem que o professor seja um autodidata.
Solidarizar o conhecimento através da colaboração construtiva é Educação, não para a vida mas pela vida!